Mulher que assassinou empresário à facada conhece hoje a sentença

Cristina Oliveira, que em julho de 2020 assassinou à facada o empresário Joaquim Costa, conhece hoje a sentença do Tribunal de Guimarães.

A leitura do acórdão está agendada para esta tarde, depois de um julgamento que se deu por concluído em apenas das sessões. A facilitar o processo esteve a confissão da mulher de 48 anos, que assumiu ter morto o homem para o qual trabalhara no passado, ainda que tenha rejeitado qualquer intenção de o fazer.

Em audiência de julgamento, Cristina Oliveira referiu que entrou na casa da vítima de 49 anos de idade com o objectivo de roubar, e fazer face a dividas que estava a ser pressionada a pagar. Os golpes de faca que lhe desferiu, oito ao todo, precipitaram-se quando o empresário acordou antes que o pudesse colocar inconsciente com a toalha embebida em lixívia que levou consigo para o efeito, tendo havido um envolvimento físico entre ambos que a levou a fazer uso da faca para se libertar.

Esta foi a tese que apresentou, e que foi contraditada, todavia, pelo inspector da Polícia Judiciária que depôs em audiência de julgamento. Para este, a arguida terá desferido os golpes assim que se deparou com o empresário prostrado no chão a dormir, o que explica a incidência dos ferimentos na mesma zona do seu lado esquerdo do corpo (seis nesta zona, e duas na parte frontal). Neste sentido, a investigação sempre considerou, ao contrário que que disse a mulher em julgamento, que assaltou a casa disposta a matar Joaquim Costa. Terá desferido imediatamente seis golpes da parte do corpo que estava mais desprotegida, tendo dado mais dois quando o empresário reage à agressão, é a conclusão para que aponta a investigação.

Refira-se que com o empresário gravemente ferido, na sequência das facadas, Cristina Oliveira revirou a casa em busca do dinheiro que a levou a cometer o crime. Levou consigo a quantia de oito mil euros que encontrou hum cofre da sala do empresário.

Esteve impune durante quase um ano, uma vez que só foi detida em abril do ano seguinte, 2021. Pressionada pela "vastíssima" prova recolhida no local do crime pela Polícia Judiciária, nomeadamente, ADN, acabou por confessar imediatamente o crime, coisa que também fez em tribunal.

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