Nova rede de transportes públicos rodoviários operacional no 2.º semestre de 2022

O concelho de Vila Nova de Famalicão poderá beneficiar, já no segundo semestre de 2022, de uma nova rede de transportes públicos rodoviários. A medida resulta da parceria instituída em 2017 com os municípios vizinhos de Santo Tirso e Trofa, que resultou na constituição de uma nova entidade: a Mobiave. A aliança, que começou a ser desenhada em meados de 2017, atende aos fluxos partilhados pelos três territórios, e à necessidade de melhorar a oferta disponível de transporte público a uma população de mais de 244 mil habitantes.

O lançamento do concurso público foi aprovado na reunião desta quinta-feira do executivo municipal. Prevê um investimento municipal superior a 54 milhões de euros, nos sete anos de operacionalização da rede neste primeiro concurso. No total, os três municípios irão despender mais de 80 milhões na qualificação do transporte público rodoviário.

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, sublinha que esta é uma medida "sem paralelo na história". Traduz um esforço financeiro do município da ordem dos oito milhões de euros ao ano, um montante bem distinto daquele que hoje afecta a este tipo de apoios, e que é de cerca de 1,8 milhões de euros, respeitante à subsidiação do transporte escolar e do Cartão Senior.

Em linha com esse esforço financeiro, a nova rede de transportes públicos rodoviários implica um reforço substancial do número de quilómetros percorridos ao ano. De acordo com o edil, os actuais 1,5 milhões de quilómetros percorridos ao ano, passarão a ser 3,5 milhões, o que significa "um aumento superior a cem por cento".

A proposta de lançamento do concurso foi aprovada pela coligação PSD/PP, contando com os votos contra dos vereadores do PS, que censuram a sua apresentação "a vinte e poucos dias de eleições". Isso mesmo lamentou Nuno Sá, segundo o qual esta é a única razão da oposição socialista.

Na resposta, Paulo Cunha recusa uma "gestão de oportunidade" do dossier, sublinhando que o processo tem, de acordo com a lei criada pelo Governo, de estar encerrado até 3 de dezembro. Não a trazer agora, considerando que ainda terá que passar pela Assembleia Municipal e pelo Instituto da Mobilidade e Transportes, teria como consequência a sua inviabilidade. Para além disso, frisou, ninguém mais do que o próprio quereria deixar a Câmara com a medida no terreno.

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